Mulheres e Trabalho é tema de oficina de diversidade na Cásper

Apesar da temática de gênero ser a mais avançada entre as empresas que se propõem a trabalhar a Diversidade e a Inclusão, as desigualdades entre mulheres e homens no mercado de trabalho ainda são gritantes.

Com o objetivo de capacitar estudantes a reconhecerem as principais questões relacionadas à diversidade de gênero nas organizações, a Cásper Líbero promoverá, no dia 28 de março (segunda), a oficina Mulheres e Trabalho. O encontro irá explorar o contexto social e empresarial que mantém as questões de gênero como desafio para empresas e gestores.

De acordo com dados do Spencer Stuart Board Index Brasil, em 2020, o percentual de mulheres em conselhos de administração nas empresas brasileiras foi de 11,5%, apenas 37% dos cargos de chefia e 11,5% dos assentos em Conselhos de Administração são ocupados por pessoas que se identificam com o gênero feminino. Apesar de avanços recentes, a inserção das mulheres no mercado de trabalho ainda não atingiu o patamar ideal.

Segundo a professora Lia Calder, para que a inserção das mulheres no mercado de trabalho seja mais ampla é interessante as instituições de treinamento, como o de vieses inconscientes, contribuírem para a quebra de estereótipos em relação às mães e mulheres.  Iniciativas de conscientização sobre esta realidade também são benéficas para o despertar sobre os frutos do machismo como sistema estrutural da sociedade.

“Reforço aqui que a inclusão não se dá somente por políticas ou benefícios. Portanto, é preciso agir em todas as dimensões da cultura organizacional. Uma política de Diversidade e Inclusão formaliza o compromisso de uma organização com o tema, explicita sua atuação e dá visibilidade para os comportamentos esperados e inaceitáveis” relata.  

Ainda segundo Lia, as organizações públicas, privadas e mistas precisam ter dois papeis para garantir a inclusão. O primeiro deles é o prático: cabe a decisão dos líderes pela contratação e efetiva inclusão de pessoas que fazem parte das minorias sociais para balancear o quadro que temos hoje de disparidade em representatividade e desigualdade salarial.  Sobre o segundo, ela explica: “Na minha opinião, é o simbólico. E é de extrema importância. O trabalho é significante da existência humana, portanto o impedimento que alguns grupos possuem para prosperar em determinadas áreas ou alcançar hierarquias mais altas afeta diretamente sua identidade e, por consequência, comunica que alguns espaços são exclusivos para o perfil dominante”.

Oficina Mulheres e Trabalho
Data: 28/03/2022 (segunda-feira)
Horário: das 18h30 às 22h30
Local: Microsoft Teams (Online)

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