Cásper reflete em Oficina sobre o impacto de pessoas com deficiência nas organizações

A inclusão social da pessoa com deficiência é um tema que vem ganhando mais espaço nas últimas décadas. Por isso, com o objetivo de capacitar estudantes a reconhecerem as principais questões relacionadas às pessoas com deficiência no contexto das organizações, a Cásper Líbero promoverá, no dia 14 de março (segunda), a oficina Pessoas com Deficiência.

O encontro tem como objetivo capacitar estudantes a reconhecerem o papel das empresas no contexto de desigualdades da sociedade brasileira, de forma a assegurar uma atuação que vise promover equidade, pois apesar de recentes avanços, muitas empresas ainda são autuadas pelo não cumprimento da Lei de Cotas. Além disso, empresas que possuem a quantidade esperada de colaboradores com deficiência não possuem processos inclusivos, o que gera inúmeros casos de discriminação e preconceito.

Para Flávia Portela, que é professora da oficina e deficiente visual parcial há 15 anos, é fundamental que as empresas criem uma cultura organizacional inclusiva sem considerar os padrões tradicionais que reforçam a marginalização de alguns grupos.

“Valorizar e respeitar as características individuais de cada funcionário em toda sua trajetória é fundamental. Uma política de diversidade deve, desde a contratação, conhecer, considerar e valorizar as peculiaridades de cada indivíduo, além de desenvolver ações para romper com o ciclo de desinformação e preconceito. Times diversos são mais empáticos, flexíveis e criativos”, explica Portela.

Segundo a professora, muitas empresas acreditam que a partir do momento que uma pessoa com deficiência é contratada ela está incluída, o que não é verdade. “É preciso identificar, caso a caso, a condição do colaborador com deficiência para eliminar as barreiras que podem impedir seu acesso físico e de interação social, acompanhar seu desenvolvimento com foco nas suas individualidades, além de trabalhar com a empresa informação e sensibilização para romper com o preconceito”.

Pesquisa

         No Brasil, toda empresa com 100 funcionários ou mais é obrigada por lei a ter entre 2 a 5% dos seus cargos preenchidos por pessoas com deficiência. Porém, segundo dados divulgados pelo IBGE de 2018, referente ao Censo 2010, 6,7% da população brasileira (cerca de 12,7 milhões de pessoas) possuíam algum tipo de deficiência. Dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2018 apontam que havia cerca de 486 mil pessoas com deficiência com empregos formais naquele ano, correspondendo a cerca de 1% das ocupações no mercado formal.

Com base nessas informações, a professora complementa que o papel de uma instituição vai muito além do que preencher cotas para não pagar multas. O gestor deve estar atento às possíveis barreiras que um colaborador com deficiência pode enfrentar. Identificar as principais limitações para o desempenho das suas atividades e dialogar para entender quais seriam as possíveis soluções.  

Um programa de inclusão deve ter equipe especializada que possa desenvolver ações inclusivas desde o momento de criar as oportunidades, passando pelo formato de contratação, desenvolvimento e carreira dos colaboradores com deficiência além de implementar ações de acessibilidade e conscientização de todos os funcionários da empresa. 

“A pluralidade dentro das organizações possibilita um enriquecimento do seu capital humano, além de promover uma reputação positiva para o negócio”, destaca Portela.

Oficina Pessoas com Deficiência

Data: 14/03/2022 (segunda-feira)
Horário: das 18h30 às 22h30
Local: Microsoft Teams (Online)

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